[MÚSICA] Gostaria de iniciar este tópico fazendo uma pergunta para você. Hoje, você saberia me dizer exatamente quanto do seu dinheiro de impostos foi gasto para pavimentar uma determinada rua da sua cidade? Ou mesmo, qual percentual foi gasto incentivo de pesquisas na área de saúde ou incentivo ou esporte? Quando compra determinado alimento, você saberia me informar a procedência, os trabalhadores envolvidos todo processo até chegar a seu prato? Ou mesmo qual o número exato do desmatamento e qual a área de prejuízo ambiental no último semestre? Analisando essas perguntas de forma direta pode parecer pouco difícil de respondê-las, mas com o passar do tempo novas tecnologias foram surgindo, e tornaram possível de se responder essas e outras perguntas mais complexas. Porém há uma grande dificuldade localizar e acessar esses dados de uma forma simples e objetiva, e dos principais pontos é que a maioria desses dados são gerados por orgãos públicos, que até então não se preocupavam tanto disponibilizar esses dados de forma padronizada e totalmente documentada. Agora, imagina no ponto inicial de melhoria na vida dos cidadãos e também da gestão pública que poderíamos alcançar com todos os dados mapeados e organizados. E partindo dessa ideia veio o conceito open data, ou dados abertos, que faz parte de uma tendência global de fornecer informações que podem ser utilizadas de forma livre, reutilizados e redistribuidos por qualquer pessoa, sujeitando o máximo a exigência de atribuição a fonte original, e ao compartilhamento pelas mesmas licenças que as informações foram apresentadas. Segundo o guia Open Data, na definição da Open Definition, pode ser resumida da seguinte forma. Disponibilidade e acesso. Os dados devem estar disponíveis da íntegra e a custo de reprodução não superior ao razoável, preferencialmente por download na internet. Os dados também devem estar disponíveis formato conveniente e modificável. Reutilização e redistribuição. Os dados devem ser fornecidos termos que permitam reutilização e redistribuição, incluindo a junção com outros conjuntos de dados. Participação universal. Todos devem ser capazes de usar, reutilizar e redistribuir esses dados. Não devem haver discriminação contra campos de atuação, ou contra pessoas ou grupos. Por exemplo, restrições não comerciais que impedirem o uso comercial, ou restrição de uso para determinados fins, por exemplo apenas na educação, não são permitidos no open data. Como parte das iniciativas do open data surgiu também o conceito de governo aberto, também conhecido como Open Government, que refere-se a projetos e ações que visam a promoção da transparência, a luta contra a corrupção, e ao incremento da participação social, e ao desenvolvimento de novas tecnologias, o que pode tornar os governos mais abertos, efetivos e responsáveis. Os governos de todo mundo começaram a liberar dados livres para consulta e utilização, isso porque o governo coleta e concentra a maior parte dos dados gerados. E de acordo com a legislação, esses dados devem ser abertos e podem ser consultados por qualquer. No Brasil a Lei de Acesso à Informação entrou vigor maio de 2012. É possível acessar as bases de dados disponibilizadas pelo governo dados ponto gov ponto br, onde é possível encontrar informações públicas relativas a diferentes temas da administração pública no Brasil. A cada segundo trilhões de bites são gerados por empresas e pessoas ao redor do planeta, instituições que conseguem planejar, executar e gerenciar esses dados conseguem oferecer diferenciais competitivos, e soluções inovadoras para a população alinhada à transformação digital. O uso de dados abertos permite diversos benefícios como, transparência e controle da democracia, inovação, controle e eficiência de serviços públicos, acompanhamento do impacto das políticas públicas, gerar receita e criar novos empregos, e atenção por parte dos cidadãos, mídias, e outros orgãos de fiscalização. [MÚSICA]